A maioria dos portadores de
Paralisia Cerebral é capaz de desenvolver habilidades e ter vida ativa. O
primeiro e mais importante estímulo para eles é o apoio da família.
Em 80% dos casos, é consequência
de falta de oxigenação no cérebro do bebê provocada por complicações na hora do
parto. O problema afeta o sistema nervoso central da criança e, dependendo do
dano, pode levar a desordens de postura e de movimentos, distúrbios de fala,
visão ou audição, crises convulsivas e também à deficiência intelectual. Seja qual
for à sequela, o importante é que seja diagnosticada cedo. Nos primeiros anos,
o cérebro da criança está em desenvolvimento. Por meio de estímulos, é possível
conseguir que outras áreas cerebrais executem as funções das que foram lesadas.
Quanto mais precoce o tratamento, menos sequelas a criança vai ter, dependendo
do grau da lesão.
A notícia de um filho
imperfeito é sempre muito dolorida para os pais. No caso da criança com
paralisia cerebral, a situação pode ser ainda mais difícil por conta da
desinformação que cerca o problema. Ao ouvir que o filho tem paralisia
cerebral, normalmente os pais pensam em invalidez total. Acham que vão ter de
dar tudo na mão dele, comida na boca, e que a criança viverá como um vegetal.
Essa ideia dificulta a aceitação do problema e retarda o apoio familiar
necessário à reabilitação do filho.
Os pais não devem tentar
disfarçar seus sentimentos em relação ao problema e sim enfrentá-los. Eles
costumam se sentir culpado e com pena de si mesmo. Logo, vão ter pena do filho,
o que não é bom para ajudá-lo. Com informação e apoio especializado, os pais
podem vencer esses sentimentos iniciais, preparando-se para conhecer o filho, suas
limitações e necessidades. A partir daí, conseguirão construir uma relação de
afeto com a criança e educá-la como qualquer outra. Ela precisa tanto da
afeição e do carinho dos pais quanto de sua orientação, corrigindo-a quando
necessário. Superproteger esse filho é um erro. Ele acaba se tornando
dependente e se fechando para o mundo.
O preparo dos pais para
conviver com o filho que tem paralisia cerebral é mais importante ainda quando
a criança não tem deficiência intelectual. Porque ela perceberá, em geral a partir
dos 4, 5 anos, que tem limitações, que é diferente, que não consegue brincar
como todo mundo, e vai querer saber por quê. Caberá aos pais explicar ao filho
suas limitações, e a reação da criança dependerá muito de como eles
conduzirem a situação. Se não estiverem preparados para isso, munidos de muita
paciência, carinho e disposição para o diálogo, o filho poderá se fechar para o
mundo nesse momento, ou tornar-se uma pessoa agressiva.
Retirado do blog: http://www.mundoequo.com.br
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