sexta-feira, 11 de junho de 2010

Calça-almofada: recurso Terapia Ocupacional

Yzadora demorou muito para sentar, por isso a maior parte do tempo ficava no colo, já que não aceitava nem o carrinho. A terapia Ocupacional faz grande diferença, aliás, nos auxilia muito nas atividades de vida da Yza.
Recomendou-se então fazer uma calça- almofada, um recurso simples e fácil de fazer para auxiliar nos cuidados e estimulação de crianças com atraso no desenvolvimento neuromotor é uma calça de contenção, também chamada de calça-da-vovó ou calça-almofada. Ela pode ser usada como um suporte para a criança sentar enquanto está brincando e é usada inclusive em algumas atividades de fisioterapia ou terapia ocupacional.

Como fazer:
- Leve a calça a uma costureira e peça para fechar com costura as aberturas nas pernas (embaixo) e colocar um zíper na cintura (em cima). Peça também para tirar qualquer detalhe metálico como botões, zíperes, rebites, etc.
- Se possível, peça para ela aplicar alguns retalhos de tecidos coloridos e com texturas diferentes nas pernas, que servem ao mesmo tempo de estimulação tátil e visual da criança e também deixam a calça mais bonita. Os apliques também podem ser feitos manualmente com agulha e linha, antes de colocar o enchimento na calça.
- Para o enchimento, misture os flocos de espuma com os retalhos de tecido e encha as sacolas de supermercados. A mistura de espuma com tecido faz com que a calça não fique nem muito leve nem muito pesada. Coloque o enchimento dentro das sacolas de supermercado, amarre-as e coloque dentro  da calça, preenchendo todo o espaço.
- Colocar o enchimento dentro das sacolas vai ajudar a deixar a calça mais dobrável, como articulações, favorecendo o uso da calça em diferentes posições, e também a remover o enchimento quando precisar lavar a calça.
- Feche o zíper e pronto, sua calça-almofada está pronta!




domingo, 30 de maio de 2010

Paralisia Cerebral...

A maioria dos portadores de Paralisia Cerebral é capaz de desenvolver habilidades e ter vida ativa. O primeiro e mais importante estímulo para eles é o apoio da família.
Em 80% dos casos, é consequência de falta de oxigenação no cérebro do bebê provocada por complicações na hora do parto. O problema afeta o sistema nervoso central da criança e, dependendo do dano, pode levar a desordens de postura e de movimentos, distúrbios de fala, visão ou audição, crises convulsivas e também à deficiência intelectual. Seja qual for à sequela, o importante é que seja diagnosticada cedo. Nos primeiros anos, o cérebro da criança está em desenvolvimento. Por meio de estímulos, é possível conseguir que outras áreas cerebrais executem as funções das que foram lesadas. Quanto mais precoce o tratamento, menos sequelas a criança vai ter, dependendo do grau da lesão.
A notícia de um filho imperfeito é sempre muito dolorida para os pais. No caso da criança com paralisia cerebral, a situação pode ser ainda mais difícil por conta da desinformação que cerca o problema. Ao ouvir que o filho tem paralisia cerebral, normalmente os pais pensam em invalidez total. Acham que vão ter de dar tudo na mão dele, comida na boca, e que a criança viverá como um vegetal. Essa ideia dificulta a aceitação do problema e retarda o apoio familiar necessário à reabilitação do filho. 
Os pais não devem tentar disfarçar seus sentimentos em relação ao problema e sim enfrentá-los. Eles costumam se sentir culpado e com pena de si mesmo. Logo, vão ter pena do filho, o que não é bom para ajudá-lo. Com informação e apoio especializado, os pais podem vencer esses sentimentos iniciais, preparando-se para conhecer o filho, suas limitações e necessidades. A partir daí, conseguirão construir uma relação de afeto com a criança e educá-la como qualquer outra. Ela precisa tanto da afeição e do carinho dos pais quanto de sua orientação, corrigindo-a quando necessário. Superproteger esse filho é um erro. Ele acaba se tornando dependente e se fechando para o mundo.

O preparo dos pais para conviver com o filho que tem paralisia cerebral é mais importante ainda quando a criança não tem deficiência intelectual. Porque ela perceberá, em geral a partir dos 4, 5 anos, que tem limitações, que é diferente, que não consegue brincar como todo mundo, e vai querer saber por quê. Caberá aos pais explicar ao filho suas limitações, e a reação da criança dependerá muito de como eles conduzirem a situação. Se não estiverem preparados para isso, munidos de muita paciência, carinho e disposição para o diálogo, o filho poderá se fechar para o mundo nesse momento, ou tornar-se uma pessoa agressiva. 

Retirado do blog:  http://www.mundoequo.com.br


sexta-feira, 14 de maio de 2010

O tratamento...

Com o acompanhamento médico solicitou-se outros exames além do eletro, também foi realizado uma tomografia e uma ressonância para detectar o motivo do atraso motor. Então, com o resultado da ressonância foi diagnostica uma hipóxia neonatal.
Solicitou um tratamento para Yzadora a ser realizado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos de várias especialidades, bem como por terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social e etc.

Procuramos a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), onde Yzadora passou por uma avaliação multidisciplinar e foi então incluída no quadro para atendimentos clínicos. Foram dias, meses difíceis, com muito choro, mas a cada dia pedíamos pra Deus nos iluminar nessa caminhada.  
Yzadora na Apae - Terapia Ocupacional

terça-feira, 11 de maio de 2010

O nascimento...

Um tempo depois de casada, uma infinidade de planos e projetos começa a se formar na cabeça de um casal. Inclusive ser futuros pais, conosco (eu e Yunis) não foi diferente. Planejamos então ter um bebê e quando isso aconteceu todos os pensamentos concentraram-se para o que poderia haver de melhor para o tão esperado bebê. 
Uma gravidez planejada e acompanhada, depois dos sete meses alguns problemas surgiram, assim tive início de parto prematuro, a recomendação foi ficar em repouso e tomar medicação para segurar o bebê. Um dia antes do previsto para ganhar comecei a ter contrações, na madrugada, como o SUS exige tive que esperar dar dilatação, mas não ocorreu e assim o médico resolveu fazer uma cesariana 7 horas depois que eu já estava tendo contrações de 5 em 5 minutos. A dor era insuportável, mal sabia que meu bebê estava tendo um sofrimento fetal.
A minha bebê nasceu, não ouvi seu choro e nem a vi, apenas escutei o médico pedindo que ligasse para o pediatra (que não se encontrava na hora do parto no local), pois uma criança havia nascida muito fraca no hospital, me desesperei. E, apenas depois de algum tempo ouvi um chorinho bem baixinho.
Yzadora nasceu com 2kg420 e 45 cm de comprimento, e fez o mecônio dentro da minha barriga, mecônio é o cocô verde que o bebê libera nos primeiros dias de vida, e algumas vezes na barriga da mãe. E por ter aspirado o mecônio veio a ter uma infecção. Yzadora não mamava, só dormia e por isso teve que ficar em um berço (aquecido) no soro, na sonda e tomando antibiótico na veia. Pensei que não sobreviveria. Mas, o meu Deus foi maior e não tirou minha filha de mim.
 Após cinco dias tivemos alta, mas infelizmente minha filha portava uma queimadura em uma das mãos, devido a um erro, aplicaram o antibiótico e a medicação extravasou, foram 27 dias de curativos com debridamento sem anestesia e isso foi muito doloroso pra todos nós. 
Vencemos, mais uma vez!!!
No desenvolvimento da minha pequena fomos notando que não era igual de outras crianças da sua idade, ela ainda não sentava, era bem molinha. No dia 19 de dezembro de 2009 Yzadora começou a apresentar alguns tremores, coisa de segundos, como se fossem tiques faciais, a levamos para o pronto socorro e foi diagnosticado convulsão. Não acreditava que estava passando por mais coisas.
Yzadora - Berço com aquecedor 

Marcamos uma consulta imediatamente com o neuropediatra e ele nos informou que ela era uma criança hipotônica (Hipotonia é a diminuição do tônus muscular e da força, o que causa moleza e flacidez). Dois grande sustos ficamos sem chão. Foi feito um eletro onde acusou um pequeno atraso no lado direito do cérebro, ela foi medicada e não teve crises convulsivas mais. Iniciava-se uma corrida contra o tempo, a Yzadora precisaria de fisioterapia pelo menos 3 vezes na semana e terapia Ocupacional.
Yzadora - 1ª foto depois do nascimento.